A Casa dos sonhos

A casa dos sonhos

Apesar de me mudar para a casa dos sonhos, ainda não estava confortável nela. O primeiro dia eu aproveitei, abri as janelas, fiz uma limpeza geral, fui conhecer cada canto. Em uma semana já estava acostumado com a mudança. Era uma casa pequena, mas, como eu iria morar sozinho, não chegava a ser apertada. Na verdade tinha espaço até de sobra.

Passados seis dias desde que havia me mudado, as coisas começaram a ficar complicadas. Descobri que a vizinhança não era silenciosa, ao contrário, pela madrugada alguém começou a fazer algum tipo de reforma. Batiam nas paredes, serravam, faziam esse tipo de coisa que deveria ser feita à tarde. E assim foi por mais três dias antes de eu resolver avisar a polícia. Eu não queria criar inimizades com os vizinhos, mas eles precisavam ser avisados para continuar aquilo a tarde, não em um horário que todos estão tentando dormir.

Sobre Sonhos (e melancolia)

Desenho desde sempre. Desde que era criança eu tenho uma inquietação para desenhar as coisas que me cercam, que na época eram os desenhos animados. Lembro de desenhar e criar histórias para meus personagens favoritos: Batman, Sonic, tartarugas ninjas...

Eu não lembro que tipo de magia me prendia à aquela vontade, provavelmente o lúdico, eu adorava desenhar. Era uma ação que podia substituir qualquer brincadeira. Mas eu me lembro perfeitamente do momento em que eu resolvi que eu queria fazer desenhos e histórias em quadrinhos: foi na sexta série. Eu estava tendo matéria de história em quadrinhos em artes, colocar histórias da minha mente em quadros sequenciais, dar expressão e vida aos personagens, aquilo me envolveu.